MISSA DO PADRE CHATO
Serginho Valle
Monótono, enrolado, falador, não se entende o que diz, lento, enjoado, chato... e a ladainha vai longe. É tudo que se diz de um padre não sabe dar vida à missa. Um bom presidente é outra coisa. A missa é celebrada. O padre age com calma. A assembléia percebe que ele está rezando, cantando, ouvindo... está presente naquilo que faz. Mas não é só o padre que dá o tom nisso tudo. A afinação começa com cantos que combinam com os momentos da celebração, leitores que lêem bem e bonito, coroinhas que não distraem, músicos que só tocam quando é momento de cantar, limpeza na igreja, e muito muito mais que isso. Isso sim que é uma celebração bem feita; uma Ação de Graças, uma Eucaristia.
E o padre chato? Esse é um problema. Tem cura? Claro que sim; e sem fazer muita terapia. Não é preciso nem brigar com o homem. É muito simples; basta entender uma coisa somente. Entender que a missa não é do padre, é nossa. Isso tira a chatice do padre? Tira!!! Mas tem uma condição. É preciso que todos façam bem a sua parte. A Equipe de celebração tenha tudo preparado com antecedência: leitores, salmista... Os ministros da música já escolheram as músicas e afinaram os instrumentos na sacristia. E assim por diante. E o padre? Claro que diante disso ele terá que se preparar, senão vai ficar chato prá ele.
Entendeu? A missa é chata quando o padre tem que salvar a pátria sozinho. Quando tudo está preparado e cada um faz a sua parte a missa acontece sem chatices. Todos celebram com todos.
E se o padre não se preparar? Bom, daí o pessoal da Equipe Litúrgica vai precisar falar com o padre. Caso isso não resolva, a Equipe de Celebração vá bem preparada... alguém ficará com medo de destoar... aos poucos ele vai percebendo e a Equipe de Celebração o ajudará se livrar de sua chatice; ele irá mais preparado, com certeza.
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Serginho Valle
Coordenador Serviço de Animação Litúrgica (SAL)
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