Não cair em tentação

O primeiro momento dos Domingos da Quaresma, do ponto de vista da pedagogia mistagógica, coloca os celebrantes em contato com a agressividade das tentações na vida de todos nós. Ser tentado é entrar em luta existencial, num típico processo de agonia. Os místicos definem a tentação como uma batalha espiritual “tentando” nos desviar dos caminhos de Deus. É diante da agressividade psicológica e espiritual, presente em toda tentação, que Jesus propõe a conversão de mentalidade, assumindo a mentalidade do Evangelho como resistência e com resiliência para não se abandonar a estrada do discipulado.

 

Contexto da pedagogia mistagógica para o Tempo da Quaresma – B

A pedagogia mistagógica da Quaresma está sendo iluminada pelo lema da Campanha da Fraternidade 2024: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt. 23, 8). É um apelo profético em favor da fraternidade, visando a construção de uma sociedade mais solidária e fraterna para promover a “amizade social” (4f de Cinzas). 
O empenho da conversão, a partir da fraternidade, aparece no 1DTQ-B como fortalecimento espiritual na batalha contra a tentação da desunião e de intrigas sociais. O fortalecimento no caminho da conversão em busca da fraternidade é proposto no 2DTQ-B, fruto da contemplação da Transfiguração, momento fortalecedor para os discípulos e discípulas antes da iminente desfiguração de Jesus na sua Paixão e Morte.