Pedagogia mistagógica de maio 2024

01 de Maio de 2024


Pedagogia mistagógica 
Maio 2024

As celebrações dominicais do mês de maio 2024 concluem o Tempo da Páscoa. Do ponto de vista pedagógico, as propostas celebrativas do SAL consideram dois momentos. No primeiro momento, a conclusão dos Domingos que apresentam as condições para comungar e participar da vida nova oferecida na ressurreição de Jesus. No segundo momento, a consequência direta na vida de quem comunga e participa da ressurreição de Jesus. A consequência consiste em assumir a missão de viver a vida cristã — viver como cristão e cristã — sendo testemunha evangelizador.

O primeiro momento, que tratava das condições para comungar e participar da vida nova que vem da ressurreição de Jesus, considerava os Domingos da Páscoa, do 2DTP-B até o 6DTP-B. A primeira condição para comungar e participar da vida nova que vem da ressurreição de Jesus é a fé (2DTP-B e 3DTP-B). Depois, o acolhimento e seguimento da voz do Bom Pastor (4DTP-B), a vida vivenciada na intimidade com “Jesus videira” (5DTP0B) e, por fim, a vida nova vivenciada no amor e na alegria, caminhando na estrada de Jesus, no caminho do discipulado (6DTP-B).

O testemunho evangelizador, através da atividade missionária, confiada a quem comunga e participa da vida nova da ressurreição de Jesus, encontra-se nos dois últimos Domingos do Tempo da Páscoa, nos quais se celebra a Solenidade da Ascensão de Jesus e a Solenidade de Pentecostes. No mesmo quadro evangelizador, a pedagogia mistagógica proposta pelo SAL inclui a Solenidade da Santíssima Trindade.

6DTP - B
Por questão pedagógica, entre as duas perícopes do Evangelho sugeridas no Diretório Litúrgico, a proposta celebrativa do SAL para o 6DTP-B reflete o texto de Jo 15,9-17: o amor como modo de comungar e participar da vida nova que vem da ressurreição de Jesus. No contexto de toda a pedagogia mistagógica dos Domingos da Páscoa, propostas pelo SAL, neste ano de 2024, a Palavra do 6DTP-B como que realiza a síntese de todo este caminho marcado pelo amor, pela alegria e pela vida nova na vida de quem se dispõe a viver como discípulo e discípula de Jesus ressuscitado.

Ascensão de Jesus – B
Depois de considerar os diferentes modos de participar e comungar a vida nova oferecida na ressurreição de Jesus, a proposta celebrativa da Ascensão de Jesus inicia um novo “tema”: a missionariedade evangelizadora na vida e através da vida dos discípulos e discípulas de Jesus. Do ponto de vista pedagógico, o início acontece na Solenidade da Ascensão, uma Liturgia que celebra o retorno de Jesus à eternidade da glória divina. Um dos frutos da vida nova na vida dos discípulos e discípulas é a evangelização de todos os povos da terra em forma de testemunho.

Pentecostes
O tema missionário e evangelizador é continuado na proposta celebrativa do SAL para a Solenidade de Pentecostes. Considera-se que a eficácia da evangelização depende do impulso e da presença do Espírito Santo. Sem ele, a Igreja não poderá realizar a renovação da terra através do Evangelho; da vivência do Evangelho e da produção de frutos evangelizados, que é obra do Espírito Santo. Sem o dom do Espírito Santo não há vida cristã, nem Igreja, nem testemunho evangelizador.

Santíssima Trindade – B
A última celebração de maio 2024 é a Solenidade da Santíssima Trindade que, iluminada pelo Evangelho do Ano B, continua enviando os celebrantes como missionários e testemunhas evangelizadores em todas as partes da terra. A pedagogia mistagógica desta Liturgia tem como que exercer a função de ser ponte entre dois Tempos Litúrgicos, ambos originários da mesma fonte: o amor da Trindade Santa. Tudo aquilo que recebemos da misericórdia divina, pela comunhão e participação na vida nova que vem da ressurreição de Jesus (Tempo da Páscoa) é para ser vivenciado, caminhando na estrada de Jesus, no discipulado (Tempo Comum).

Concluindo
A devoção a Nossa Senhora, tradicionalmente celebrado no mês de maio, pode ajudar os celebrantes a assumir a identidade de testemunha evangelizador iluminando as celebrações com a espiritualidade mariana. A espiritualidade de Maria Santíssima que, em sua simplicidade, acolheu o Espírito Santo para gerar a vida divina de Jesus, torna-se para os celebrantes modelo de como viver o discipulado de seu Filho produzindo frutos evangelizados e evangelizadores.

Serginho Valle 
Março de 2024